Apesar do aparente otimismo, o setor demonstra preocupação com a perda de
competitividade no mercado externo e com a desaceleração da demanda da agricultura
familiar no mercado doméstico. A Anfavea cobra do governo a regulamentação, em breve,
das medidas de desoneração fiscal anunciadas no início do mês dentro do Plano Brasil
Maior e pede a ampliação de programas sociais que subsidiam a compra de máquinas agrícolas.
A perspectiva para 2011 é de queda de 7% na comercialização total de tratores. Para reaquecer as vendas do segmento de baixa potência, que explodiram nos últimos anos e permitiram ao setor passar pela crise de 2009 praticamente ileso, a entidade sugere que o programa Mais Alimentos seja redesenhado nos moldes do Pró-Trator, do governo de São Paulo. Por oferecer condições diferenciadas para o financiamento tratores de até 120 cv, o programa paulista beneficia uma parcela maior de produtores que o seu equivalente federal, restrito a 70 cv.
Na avaliação dos dirigentes da associação, a extensão do subsídio governamental a médios produtores daria à indústria de máquinas agrícolas mais fôlego para superar seus próprios recordes. Em 2010, o melhor ano desde 1976, saíram das linhas de montagem das empresas brasileiras 88,7 mil tratores e colheitadeiras (+ 34% ante 2009). O mercado interno absorveu 68,5 mil unidades (+23,8%) e as exportações somaram 18,7 mil máquinas (+ 26,5%).
O balanço parcial de 2011, acumulado até julho, indica queda na produção e nas vendas internas do setor, mas avanço na comercialização externa. Foram produzidas 52,4 mil tratores e colheitadeiras, 9,6% menos que neste mesmo período do ano passado. Desse total, 41,4 mil unidadesforam comercializadas no mercado doméstico (-7,8% ante 2010) e 9,7 mil (+7,2% ) foram exportadas.
FEMASO Com. de Peças Ltda – Peças para fabricação e manutenção de Máquinas Agrícolas
Fonte: http://www.agroclima.com.br